Tema livre

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Provações

Sofrer, com paciência, é sabedoria, pois assim se vive com paz. As provações nos fortalecem para o combate espiritual; por isso, os Apóstolos sempre estimularam os fiéis a enfrentá-las com coragem. São Pedro diz: “Caríssimos, não vos perturbeis no fogo da provação, como se vos acontecesse alguma coisa extraordinária. Pelo contrário, alegrai-vos em ser participantes dos sofrimentos de Cristo...” (1 Pe 4,12). Ensinando-nos que essas dificuldades nos levarão à perfeição: “O Deus de toda graça, que vos chamou em Cristo à sua eterna glória, depois que tiverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vós fortificará” (1 Pe 5,10).
O mesmo Apóstolo ensina-nos que a provação nos “aperfeiçoará” e nos tornará “inabaláveis”. É importante não se deixar perturbar no fogo da provação. Não se exasperar, não perder a paz e a calma, pois é exatamente isso que o tentador deseja.

Uma alma agitada fica a seu bel-prazer. Não consegue rezar, fica irritada, mal-humorada, triste, indelicada com os outros e acaba deprimida.

O antídoto contra tudo isso é a humilde aceitação da vontade de Deus no exato momento em que algo desagradável nos ocorre, dando, de imediato, glória a Deus, como São Paulo ensina:

"Em todas as circunstâncias dai graças, pois esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus" (1 Tes 5,16).

É preciso fazer esse grande e difícil exercício de dar glória a Deus na adversidade. Nesses momentos gosto de glorificar a Deus, rezar muitas vezes o “Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo...” até que minha alma se acalme e se abandone aos cuidados do Senhor.

Essa atitude muito agrada ao Senhor, pois é a expressão da fé pura de quem se abandona aos Seus cuidados. É como a fé de Maria e de Abraão que “esperaram contra toda a esperança” (cf. Hb11,17-19), e assim, agradaram a Deus sobremaneira.

Da mesma forma, Jó agradou muito ao Todo-poderoso porque no meio de todas as provações, tendo perdido todos os seus bens e todos os seus filhos, ainda assim soube dizer com fé:

"Nu saí do ventre da minha mãe, nu voltarei. O Senhor deu, o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor!" (Jo 1,21).

Afirmam os santos que vale mais um “Bendito seja Deus!”, pronunciado com o coração, no meio do fogo da provação, do que mil atos de ação de graças quando tudo vai bem.

O Jardineiro Divino da nossa alma sabe os métodos que deve empregar para limpar cada alma. Não se assuste com as podas que Ele fizer no jardim de sua alma.

Santa Teresa diz que ouviu Jesus dizer-lhe: “Fica sabendo que as pessoas mais queridas de meu Pai são as que são mais afligidas com os maiores sofrimentos”. E por isso afirmava que não trocaria os seus sofrimentos por todos os tesouros do mundo. Tinha a certeza de que Deus a santificava pelas provações. A grande santa da Igreja chegou a dizer que "quando alguém faz algum bem a Deus, o Senhor lhe paga com alguma cruz".

Para nós, essas palavras parecem um absurdo, mas não para os santos, que conheceram todo o poder salvífico e santificador do sofrimento.

“As nossas tribulações de momento são leves e nos preparam um peso de glória eterna” (II Cor 4,17).

Quando São Francisco de Assis passava um dia sem nada sofrer por Deus, temia que o Senhor tivesse se esquecido dele. São João Crisóstomo, doutor da Igreja, diz que “é melhor sofrer do que fazer milagres, já que aquele que faz milagres se torna devedor de Deus, mas no sofrimento Deus se torna devedor do homem”.

As ofensas, as injúrias, os desprezos, os cinismos irritantes, as doenças, as dores, as lágrimas, as tentações, a humilhação do pecado próprio, etc., nos são necessários, pois nos dão a oportunidade de lutar contra as nossas misérias.

Isso tudo, repito mais uma vez, não quer dizer que Deus seja o autor do mal ou que Ele se alegre com o nosso sofrimento, não. O que o Senhor faz, de maneira até amável, é transformar o sofrimento, que é o salário do próprio pecado do homem, em matéria-prima de nossa própria salvação, dando assim, um sentido à nossa dor.

A partir daí, sob a luz da fé, podemos sofrer com esperança. É o enorme abismo que nos separa dos ateus, para quem a dor e a morte continuam a ser o mais terrível dos absurdos da vida humana.

A provação produz a perseverança, e por ela, passo a passo, chegaremos à perfeição, como nos ensina São Tiago.

“Nós nos gloriamos também nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a perseverança...” (Rom 5,3-5).

Sofrer com paciência é sabedoria, pois assim se vive com paz. Quem sofre sem paciência e sem fé, revolta-se, desespera-se, sofre em dobro, além de fazer os outros sofrerem também.

Santo Afonso disse que “neste vale de lágrimas não pode ter a paz interior senão quem recebe e abraça com amor os sofrimentos, tendo em vista agradar a Deus”. Segundo ele “essa é a condição a que estamos reduzidos em consequência da corrupção do pecado”.

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Jesus Cristo Rei do Universo

A celebração da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, fecha o Ano Litúrgico onde meditamos, sobretudo no mistério de sua vida, sua pregação e o anúncio do Reino de Deus.

Durante o anúncio do Reino, Jesus nos mostra o que este significa para nós como Salvação, Revelação e Reconciliação ante a mentira mortal do pecado que existe no mundo. Jesus responde ao Pilatos quando pergunta se na verdade Ele é o Rei dos judeus: "Meu Reino não é deste mundo. Se meu Reino fosse deste mundo, meus súditos teriam combatido para que não fosse entregue aos judeus. Mas meu Reino não é daqui" (Jo 18, 36). Jesus não é o Rei de um mundo de medo, mentira e pecado, Ele é o Rei do Reino de Deus que traz e ao que nos conduz.

Cristo Rei anuncia a Verdade e essa Verdade é a luz que ilumina o caminho amoroso que Ele traçou, com sua Via Crucis, para o Reino de Deus. "Tu o dizes: eu sou rei. Para isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Quem é da verdade escuta minha voz." (Jo 18, 37) Jesus nos revela sua missão reconciliadora de anunciar a verdade ante o engano do pecado. Assim como o demônio tentou Eva com enganos e mentiras para que fora desterrada, agora Deus mesmo se faz homem e devolve à humanidade a possibilidade de retornar ao Reino, quando qual cordeiro se sacrifica amorosamente na cruz.

Esta festa celebra Cristo como o Rei bondoso e singelo que como pastor guia a sua Igreja peregrina para o Reino Celestial e lhe outorga a comunhão com este Reino para que possa transformar o mundo no qual peregrina.

A possibilidade de alcançar o Reino de Deus foi estabelecida por Jesus Cristo, ao nos deixar o Espírito Santo que nos concede as graças necessárias para obter a Santidade e transformar o mundo no amor. Essa é a missão que lhe deixou Jesus à Igreja ao estabelecer seu Reino.

Pode-se pensar que somente se chegará ao Reino de Deus após passar pela morte mas a verdade é que o Reino já está instalado no mundo através da Igreja que peregrina ao Reino Celestial. Justamente com a obra de Jesus Cristo, as duas realidades da Igreja -peregrina e celestial- enlaçam-se de maneira definitiva, e assim se fortalece a peregrinação com a oração dos peregrinos e a graça que recebem por meio dos sacramentos. "Quem é da verdade escuta minha voz."(Jo 18, 37) Todos os que se encontram com o Senhor, escutam seu chamado à Santidade e empreendem esse caminho se convertem em membros do Reino de Deus.

"Por eles eu rogo; não rogo pelo mundo, mas pelos que me deste, porque são teus, e tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu, e neles sou glorificado. Já não estou no mundo; mas eles permanecem no mundo e eu volto para ti. Pai santo guarda-os em teu nome que me deste, para que sejam um como nós. Não peço que os tires do mundo, mas que os guarde do Maligno. Eles não são do mundo como eu não sou do mundo. Santifica-os na verdade; a tua palavra é verdade." (Jo 17, 9-11.15-17)

Esta é a oração que recita Jesus antes de ser entregue e manifesta seu desejo de que o Pai nos guarde e proteja. Nesta oração cheia de amor para nós, Jesus pede ao Pai para que cheguemos à vida divina pela qual se sacrificou: "Pai santo, cuida em seu nome aos que me deste, para que sejam um como nós". E pede que apesar de estar no mundo vivamos sob a luz da verdade da Palavra de Deus.

Assim Jesus Cristo é o Rei e o Pastor do Reino de Deus, que nos tirando das trevas, nos guia e cuida em nosso caminho para a comunhão plena com Deus Amor.
Fonte: http://www.acidigital.com/fiestas/cristorei/solenidade.htm

 

HOMOSSEXUALIDADE E HOMOSSEXUALISMO

A respeito da homossexualidade, a doutrina católica distingue entre a tendência homossexual (homossexualidade) -- que pode ser devida a defeitos genéticos, de educação ou a fatores psicológicos e morais -- e a prática homossexual (homossexualismo).

Tendência homossexual

A tendência homossexual é uma paixão, isto é, um apetite desordenado, que já denota um desvio da natureza, pois o instinto sexual normalmente só se manifesta em relação a pessoas de outro sexo, uma vez que foi dado ao homem e à mulher com vista à procriação.

A pessoa que sofre essa tentação -- contrária à natureza, é preciso realçar -- tem obrigação moral de combatê-la a ferro e fogo, e não consentir absolutamente em nada do que ela pede. Nem por pensamentos, nem por palavras, nem por atos. Se a pessoa assim agir, estará isenta de culpa. É tentação vencida, é vitória alcançada. É aumento em graça e virtude!

A paixão pode solicitar até veementemente para um ato mau, mas se a pessoa tentada não consente, lutando para afastar o mau pensamento e fugindo das ocasiões de queda, não só não comete pecado, mas ganha méritos perante Deus, pela batalha vitoriosa que desenvolve contra as más inclinações que tem dentro de si, triste herança do pecado original.

Como combater essa má tendência

Um dos segredos da vitória nessa matéria está na estratégia do combate aos maus pensamentos.

A batalha contra os maus pensamentos deve começar muito antes que eles despontem na imaginação ou na memória, isto é, muito antes que nasçam na cabeça. A resistência deve começar pelo combate à raiz desses maus pensamentos.

Qual é essa raiz?

Geralmente as pessoas com tendência homossexual são tendentes a uma visão acentuadamente egoísta da vida, de cunho sentimental e romântico. No fundo, gostam de admirar-se, "adorar-se", de se acharem maravilhosas e sublimes, e de se considerarem incompreendidas pelos outros. É com base nessa mentira que, de início até imperceptivelmente, põem-se a procurar uma "alma irmã" que as compreenda. E uma "alma irmã" do mesmo sexo...

Se uma pessoa assim não combate essa auto-contemplação e esse sonho a respeito de sua suposta sublimidade, ela põe o pé na rampa, derrapando depois para todas as desordens monstruosas da vida homossexual. A esse respeito, leia na Sagrada Escritura o que diz São Paulo na Epístola aos Romanos, cap. 1, vers. 21 a 32. É impressionante.

Outro segredo é a fuga das ocasiões próximas de pecado.

Segundo a doutrina católica, há obrigação moral sub-gravi de evitá-las.

Uma ocasião de pecado é próxima quando se percebe que pode levar logo ao pecado. Por exemplo, manter amizade e freqüentar rodas de pessoas do mesmo sexo em relação às quais o indivíduo, por um apelo de seus instintos desviados, sente atração homossexual.

Assim, falar de "amizade" entre homossexuais sem temer que acabe, mais cedo ou mais tarde, desfechando no ato abominável, é o mesmo que achar possível brincar de riscar fósforos a dois milímetros da boca aberta de um tonel de gasolina e não prever a explosão. Não é lícito.

Prática homossexual

Por outro lado, a prática homossexual -- ou seja, manter relações sexuais com pessoas do mesmo sexo -- constitui um pecado abominável aos olhos de Deus, daqueles que a Igreja classifica como "pecados que clamam a Deus por vingança".

De fato, na Sagrada Escritura são várias as condenações explícitas a esse pecado, mostrando eloqüentemente a sua ignomínia. Basta citar o proverbial exemplo das cidades de Sodoma e Gomorra, que foram destruídas num apocalíptico dilúvio de fogo vindo do céu, como castigo por esse pecado (Cfr. Gen., cap. 18 e 19). Também no Levítico a condenação ao homossexualismo é clara e radical: "Aquele que pecar com um homem como se fosse mulher, ambos cometem coisa execranda e sejam punidos de morte; o seu sangue caia sobre eles" (20, 13). Existem ainda condenações ao abjeto ato sodomítico em outros livros da Bíblia, que seria supérfluo acrescentar.

Requinte desenfreado de luxúria

Nem sempre a prática homossexual (homossexualismo) deriva de uma tendência (homossexualidade) observada desde a juventude ou mesmo desde a infância. Muitas pessoas se tornam homossexuais por um requinte desenfreado de luxúria. Querem ter novas "experiências" nessa matéria, embora antes fossem perfeitamente normais, ou seja, heterossexuais de tendência e de prática. Isto constitui um pecado ainda mais grave, pois não se trata apenas de uma concessão à tendência desregrada e antinatural que porventura a pessoa já tivesse, mas sim da procura deliberada de um pecado contra a natureza, em busca de novas sensações torpes e vergonhosas, severamente proibidas por Deus.

"Vítima" do homossexualismo

Outras vezes uma pessoa de tendência originária normal, heterossexual, pode ser "forçada" -- note bem: forçada -- a adotar práticas homossexuais devido a uma permanência prolongada em certos ambientes de baixo nível moral, como penitenciárias, navios em viagens de longo curso, etc. Neste caso o pecado, embora gravíssimo e abominável, pode não ter o mesmo grau de abominação do caso anterior, principalmente se a pessoa for vítima de violência para consentir no ato torpe. Mas deve heroicamente opor toda a resistência possível, sacrificando até a própria vida, a exemplo de uma Santa Inês, de Santa Maria Goretti e de tantos outros heróis da Fé e da Pureza.

As pessoas que adotam práticas homossexuais nestas duas circunstâncias, geralmente ficam sendo taradas bissexuais, ou seja, com tendência e práticas sexuais com pessoas do mesmo sexo e do outro. Neste caso, suas práticas homossexuais constituem pecado gravíssimo contra a natureza, que clamam a Deus por vingança devido ao extremo grau de malícia que lhes é próprio, enquanto as relações heterossexuais, se realizadas fora do casamento, constituem pecado de fornicação ou, mais grave ainda, de adultério.

A importância da oração e dos Sacramentos

Para evitar isso, é preciso pedir a graça de Deus e a especial proteção de Nossa Senhora. O que se consegue rezando e freqüentando assiduamente os Sacramentos. Porque, sem o auxílio sobrenatural da graça, nenhum homem é capaz de cumprir estavelmente os Dez Mandamentos, sobretudo o 6º e o 9º, ainda mais no mundo permissivista em que vivemos.

 

 

 

 

 

O auxílio dos anjos

 

A Igreja confessa a sua fé nos anjos da guarda. O Papa Bento XVI disse que: “Eliminaríamos uma parte do Evangelho se deixássemos fora esses seres enviados por Deus, que anunciaram sua presença entre nós e que são um sinal dela”. E pediu a intercessão dos anjos “para que nos sustenham no empenho de seguir Jesus até nos identificarmos com Ele” (Zenit.org, março 2009).

A Bíblia e a Tradição da Igreja mostram amplamente que os anjos têm participação ativa na história da salvação dos homens, nos momentos em que Deus quer.

“Não são eles todos espíritos ao serviço de Deus, enviados a fim de exercerem um ministério a favor daqueles que hão de herdar a salvação?”, pergunta o autor da Carta aos Hebreus, capítulo1, versículo 14.

E nisso crê e isso ensina a Igreja; sabemos que é tarefa desses seres celestes bons a proteção dos homens e a sua salvação. Diz o Salmo: “Mandou aos seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos. Eles te levarão nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra” (Sl 90/91,11-12).

O próprio Jesus, falando das crianças e recomendando que não se lhes desse escândalo, faz referência aos “seus anjos” (cf. Mt 18,10). Ele atribui também aos anjos a função de testemunhas no supremo juízo divino sobre a sorte de quem reconheceu ou negou Cristo: “Todo aquele que se declarar por Mim diante dos homens, também o Filho do Homem se declarará por ele diante dos anjos de Deus. Aquele, porém, que Me tiver negado diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus” (Lc 12,8-9; cf. Ap 3,5).

Se os esses seres celestes tomam parte no juízo de Deus, logo, estão interessados pela vida do homem. Isso se pode ver também no discurso escatológico em que Jesus os faz intervir em Sua vinda definitiva no fim da história (cf. Mt 24,31; 25,31-41).

Muitas vezes, a Bíblia fala da ação dos anjos pela defesa do homem e sua salvação: o Anjo de Deus liberta os Apóstolos da prisão (cf. At 5,18-20) e antes de tudo Pedro, que estava ameaçado de morte por parte de Herodes (cf. At 12, 15-10). Guia a atividade deste a respeito do centurião Cornélio, o primeiro pagão convertido (cf. At 10,3-8. 12-13), e a atividade do diácono Filipe no caminho de Jerusalém para Gaza (cf. At 8,26-29).

Foi um anjo que encontrou Agar no deserto (cf. Gn 16); os anjos tiraram Lot de Sodoma; assim como foi um anjo que anunciou a Gedeão que devia salvar o seu povo; um anjo anunciou o nascimento de Sansão (cf. Jz 13); e o anjo Gabriel instruiu a Daniel (cf. 8,16). Este mesmo anjo anunciou o nascimento de São João Batista e a encarnação de Jesus; esses seres enviados por Deus também anunciaram a mensagem aos pastores (cf. Lc 2,9) e a missão mais gloriosa de todas, a de fortalecer o Rei dos Anjos em Sua Agonia no Horto das Oliveiras (cf. Lc 22, 43).
Os anjos estão presentes na história da humanidade desde a criação do mundo (cf. Jó 38,7); são eles que fecham o paraíso terrestre (cf. Gn 3, 24); seguram a mão de Abraão para não imolar Isaac (cf. Gen 22,11); a Lei é comunicada a Moisés e ao povo por ministério deles (cf. At 7,53); são eles que conduzem o povo de Deus (cf. Ex 23, 20-23); eles anunciam nascimentos célebres (cf. Jz 13); indicam vocações importantes (cf. Jz 6, 11-24; cf. Is 6,6); são eles que assistem aos profetas (cf. 1 Rs 19,5).

Da mesma forma que os anjos acompanharam a vida de Jesus, acompanharam também a vida da Igreja, beneficiando-a com a sua ajuda poderosa e misteriosa (cf. At 5, 18-20; 8,26-29; 10,3-8; 12,6-11; 27,23-25). Eles abrem as portas da prisão (cf. At 5, 19); encorajam Paulo (cf. At 27,23 s); levam Filipe ao carro do etíope (cf. At 8,26s), entre outros.

A Igreja confessa a sua fé nos anjos da guarda, venerando-os na liturgia com uma festa própria e recomendando o recurso à sua proteção com uma oração frequente, como na invocação do “Anjo de Deus”. São Basílio Magno, doutor da Igreja, escreveu: “Cada fiel tem ao seu lado um anjo como tutor e pastor, para o levar à vida” (cf. 5. Basilius, Adv. Eunonium, III, 1; cf.Sto. Tomas, Summa Theol. 1, q. II, a.3).

São Jerônimo, doutor da Igreja, afirmou que: "A dignidade de uma alma é tão grande, que cada um tem um anjo guardião desde seu nascimento".

A Igreja honra com culto litúrgico três anjos. O primeiro é Miguel Arcanjo (cf. Dn 10,13-20; Ap 12,7; Jd 9). O seu nome exprime a atitude essencial dos espíritos bons. “Mica-El” significa, de fato: “Quem como Deus?”. O segundo é Gabriel: figura ligada sobretudo ao mistério da encarnação do Filho de Deus (cf. Lc 1,19-26). O seu nome significa: “O meu poder é Deus” ou “poder de Deus”. O terceiro arcanjo chama-se Rafael. “Rafa-El” significa: “Deus cura”; o conhecemos pela história de Tobias (cf. Tb 12,15-20), entre outros.

O famoso Bossuet dizia que: "Os anjos oferecem a Deus as nossas esmolas, recolhem até os nossos desejos, fazem valer também diante de Deus os nossos pensamentos... Sejamos felizes de ter amigos tão prestativos, intercessores tão fiéis, intérpretes tão caridosos".

Os santos todos foram devotos desses seres celestes. Os anjos assistem a Igreja que nasce e os Apóstolos, prepararão o Juízo Final e separarão os bons dos maus. São eles que protegem Jesus na infância (cf. Mt 1, 20; 2, 13.19); são eles que O servem no deserto (cf. Mc 1, 12); e O reconfortam na agonia mortal (cf. Lc 22, 43); eles poderiam salvar o Senhor das mãos dos malfeitores se assim Cristo quisesse (cf. Mt 26, 53).

Toda a vida de Jesus Cristo foi cercada da adoração e do serviço dos anjos. Desde a Encarnação até a Ascensão eles O acompanharam. A Sagrada Escritura diz que quando Deus "introduziu o Primogênito no mundo afirmou: "Adorem-no todos os Anjos de Deus" (cf. Hb 1, 6). Alguns teólogos acham que isso motivou a queda dos anjos maus, por não aceitarem adorar a Deus Encarnado na forma humana.

A Igreja continua a repetir o canto de louvor que eles entoaram quando Jesus nasceu: "Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência divina" (cf. Lc 2, 14).

A Bíblia não só os apresenta como nossos guardiães, mas também como nossos intercessores. O anjo Rafael diz: "Ofereci orações ao Senhor por ti" (Tob 12, 12). "A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus" (Ap 8,4).

Santo Ambrósio, doutor da Igreja, declarou: "Devemos rezar aos anjos que nos são dados como guardiães" (De Viduis, IX); (cf. S. Agostinho, Contra Fausto, XX, 21).

A Igreja acredita que, no dia do batismo, cada cristão é confiado a um anjo que o acompanha e o guarda em sua caminhada para Deus, iluminando-o e inspirando-o.

Na Festa do Anjo da Guarda (2 de outubro), a Igreja põe diante dos nossos olhos o texto do Êxodo que diz:

"Assim diz o Senhor: Vou enviar um anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que te preparei. Respeita-o e ouve a sua voz. Não lhe sejas rebelde, porque não suportará as vossas transgressões e nele está o meu nome. Se ouvires a sua voz e fizeres tudo o que eu disser, serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários. O meu anjo irá à tua frente e te conduzirá à terra dos amorreus, dos hititas, dos ferezeus, dos cananeus, dos heveus e dos jebuzeus, e eu os exterminareis" (Ex 23,20-23).


Além de tudo isso, a Bíblia frequentemente mostra os poderes dos anjos na natureza, e afirma São Jerônimo que eles manifestam a onipotência de Deus (cf. S. Jerônimo, En Mich., VI, 1, 2; P. L., IV, col. 1206).


Família: Educando para a independência segura

Temos o dever de preparar a próxima geração.

À medida que se estuda a Palavra de Deus, pode-se observar que o Senhor estabelece diferentes "instituições" ou veículos básicos para manifestar sua Palavra. Cada instituição tem suas responsabilidades específicas de serviço e cada uma é chamada a realizá-las em respeito a Deus e à Sua Palavra. Na proporção que cada instituição se desvia de seu propósito e responsabilidade originais, haverá o mesmo grau de desequilíbrio e, subsequentemente, pressão excessiva sobre as outras instituições designadas a funcionar em harmonia uma com a outra. Estas instituições, como veículos do governo de Deus, são designadas para expressar o Reino de Deus sobre a terra numa certa localidade, para que o mundo possa ver como será quando Jesus reinar nos corações dos homens.


Essas instituições são:

a) a Família (que foi a primeiro a ser estabelecida e designada a fim de manifestar, em primeiro lugar, o governo de Deus, cf. Gn 2:21-24);

b) a Igreja (comunidade redimida da aliança mencionada nas Escrituras como a Noiva de Cristo, ou o Corpo de Cristo, cf. Ef 1:22-23);

c) o Governo Civil (instituição designada para executar a justiça e as leis de Deus, cf. Rm. 13:1-4).

Não se pode dizer que é cristão se não é envolvido com a cidadania. Não tem como se dizer que é cidadão consciente se não é envolvido pela caridade que deve identificar aqueles que vivem a experiência do Deus-caridade. O valor do homem está naquilo que ele é, não naquilo que faz ou tem. Na essência do seu ser ele herdou do seu Senhor a inteligência, a liberdade, a vontade, a sensibilidade, a consciência.

"Na intimidade da consciência o homem descobre uma lei. Ele não a dá a si mesmo. Mas a ela deve obedecer” (Gaudium et Spes, 16).

Para esta formação da consciência da pessoa humana, que gera independência segura, a família tem um papel fundamental e insubstituível. Como pais e educadores cristãos, nossa missão é fazer dos filhos discípulos do Senhor, que amem o Mestre e estejam prontos para segui-Lo.

Devemos preparar a próxima geração para cumprir o propósito de Deus na história, com entendimento e com determinação. Se descuidarmos da herança do Senhor, nossa luta será em vão.

Há na Bíblia três instituições reconhecidas com autoridade outorgadas por Deus: a família, a Igreja e o governo civil. Porém, só aos dois primeiros cabe prover educação, uma vez que o governo civil jamais poderia atuar em nome da família, representando seus valores e objetivos próprios.

O Estado traduz o pensamento da coletividade, partindo do princípio de que a maioria está certa.

O que vemos nas escolas de hoje em geral é o desrespeito às autoridades, falta de disciplina, desinteresse pelo aprendizado, irresponsabilidade, influência de novas filosofias nos temas e nos livros, baixa qualidade do ensino, imoralidade, corrupção, entre outros. Portanto, biblicamente escola só tem sentido como uma extensão da família, para com ela cooperar em aliança de princípios e propósito, e sob a cobertura espiritual da Igreja. A visão é de famílias unidas com a bênção da Igreja, trabalhando na formação de uma geração consciente de seus valores e responsabilidades, capacitadas para exercer seu ministério na sociedade e cumprir o propósito de Deus. Trata-se de uma aliança estratégica, para garantir a expansão do Reino, mesmo em meio a uma geração perversa e corrupta.


Como pais, como educadores, como Igreja e como cidadãos responsáveis, temos o dever de preparar a próxima geração. A separação das gerações tem sido uma poderosa arma de destruição dos valores familiares, expondo a criança aos predadores sociais. Temos que resgatar o valor da criança e a união de gerações: avós, pais e jovens, todos trabalhando juntos no projeto de vida das crianças.


A criança e o adolescente que encontram um sentido nobre para suas vidas não vão desperdiçá-la de maneira desordenada. Depois é preciso valorizar o caráter na formação do aluno, para o que é fundamental o exemplo e o trabalho árduo. Caráter pressupõe uma marca, uma gravação feita a partir de um molde, daí a necessidade de exemplo consistente. Quanto ao trabalho árduo, a própria história nos ensina que a indolência, a comodidade e a ociosidade levam o homem ao declínio moral e à improdutividade. Quando fugimos da dificuldade ou privamos nossos filhos da dureza, estamos impactando o desenvolvimento do caráter deles.


A Igreja teria nisso um fator decisivo para apoiar o cumprimento da grande missão: “formar bons cristãos e honestos cidadãos”, fortalecendo as famílias. Trata-se de uma aliança estratégica, na qual cada parceiro (Igreja, escola e família) contribui com aquilo que faz melhor, para realizar o propósito de Deus sob a mesma visão do Seu Reino.


Eu estou disposto a formar e a ser formado na escola de Jesus, sabendo que a fé cristã muito mais que acreditar em Jesus é viver a Sua Palavra? O que me falta para atingir o que já sou no coração de Deus? Quero ajuda?

 

Veja uma das ultimas cartas deixadas pelo nosso saldoso

 

 Papa João Paulo II

Mensagem do Papa João Paulo II
 
PRECISAMOS DE SANTOS

Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo,que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc-man.
Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos."